segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Como funciona uma usina eólica?

As usinas eólicas são grandes hélices (como cataventos gigantes) que aproveitam a força da velocidade dos ventos para gerar eletricidade. Essas usinas são obrigatoriamente instaladas em altas torres ou locais altos, que devem estar em uma posição privilegiada com a constante presença de ventos fortes. Sem a presença do ar em movimento, a geração de energia elétrica através desse meio torna-se impossível.
A avaliação do potencial eólico de uma região requer trabalhos sistemáticos de coleta e análise de dados sobre a velocidade e o regime de ventos.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m², a uma altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s. Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, em apenas 13% da superfície terrestre o vento apresenta uma velocidade média igual ou superior a 7 m/s, a uma altura de 50 m. Essa proporção varia muito entre regiões e continentes, chegando a 32% na Europa Ocidental.
No Brasil, os primeiros anemógrafos (instrumentos utilizados para medir a velocidade do vento) computadorizados e sensores especiais para energia eólica foram instalados no Ceará e em Fernando de Noronha (PE), no início dos anos 1990. Os resultados dessas medições possibilitaram a determinação do potencial eólico local e a instalação das primeiras turbinas eólicas do Brasil.

Potencial eólico brasileiro
Apesar de ainda existirem algumas divergências entre especialistas e instituições na estimativa do potencial eólico brasileiro, vários estudos indicam valores extremamente consideráveis. As primeiras pesquisas foram feitas na região Nordeste, principalmente no Ceará e em Pernambuco. Com o apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia, o Centro Brasileiro de Energia Eólica, publicou em 1998 a primeira versão do Atlas Eólico da Região Nordeste. A continuidade desse trabalho resultou no Panorama do Potencial Eólico no Brasil.

Turbinas eólicas
É importante ressaltar o seguinte processo esquemático: -> A energia elétrica é produzida por um gerador, na Casa de Força. -> O Gerador possui um eixo que é movido por uma enorme hélice. -> A hélice é movida pela velocidade do vento.
No início da utilização da energia eólica, surgiram turbinas de vários tipos – eixo horizontal, eixo vertical, com uma pá, com duas e três pás, gerador de indução, etc. Com o passar do tempo, consolidou-se o projeto de turbinas eólicas com as seguintes características: eixo de rotação horizontal, três pás, alinhamento ativo, gerador de indução e estrutura não-flexível. Porém, algumas características desse projeto ainda geram polêmica, como o controle das pás para limitar a potência máxima gerada.
Quanto ao porte, as turbinas eólicas podem ser classificadas da seguinte forma: pequenas – potência nominal menor que 500 kw; médias – potência nominal entre 500 kw e 1000 kw; e grandes – potência nominal maior que 1 mw.
Quanto à aplicação, as turbinas podem ser conectadas à rede elétrica ou destinadas ao suprimento de eletricidade à comunidades ou sistemas isolados.
Quanto à capacidade de geração elétrica, as primeiras turbinas eólicas desenvolvidas em escala comercial tinham potências nominais entre 10 kw e 50 kw. Em 1999 surgiram as primeiras turbinas eólicas de 2mw e hoje existem protótipos de 3,6 mw e 4,5 mw sendo testados na Espanha e na Alemanha. Atualmente, existem mais de mil turbinas eólicas com potência nominal superior a 1 mw em funcionamento no mundo.

Energia eólica no contexto do setor elétrico brasileiro
No Brasil, a participação da energia eólica na geração de energia elétrica ainda é pequena. Em setembro de 2003 havia apenas 6 centrais eólicas em operação no país. Entre essas centrais, destacam-se Taibá e Prainha, no Estado do Ceará, que representam 68% do parque eólico nacional.
No entanto, os incentivos vigentes para o setor elétrico brasileiro deverão despertar o interesse de empreendedores.
Postado por: Priscila Werner

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Energia Eólica

A construção de usinas eólicas para a geração de eletricidade é um fato recente, é um trabalho que se iniciou na década de 1970 por causa da crise do petróleo. Porém, a primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica pública foi instalada em 1976, na Dinamarca.
Atualmente interessa muito mais a utilização deste tipo de energia, que é uma alternativa ecologicamente correta, pois contribui para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, pelas usinas térmicas, diminuindo a necessidade da construção de grandes reservatórios.
Para que os cidadãos realmente se beneficiem, é necessário um forte investimento neste tipo de produção de energia, segundo dados de pesquisadores, estes projetos de construção de usinas eólicas devem ser postos em prática, pois a previsão é que isto gere novos empregos e renda para a população.
Os efeitos negativos que uma usina eólica pode trazer são os impactos sonoros e visuais. Os impactos sonoros são devidos aos ruídos dos rotores e variam de acordo com o equipamento. Para evitar transtornos à população próxima, o nível de ruído das turbinas deve atender às normas e padrões estabelecidos pela lei.
Os impactos visuais são causados pelo grande número de torres e aero geradores, principalmente nas centrais eólicas de maior porte, dependendo também de como são construídas e onde se localizam.
Outro impacto negativo das centrais eólicas é a possibilidade de interferências eletromagnéticas, que podem alterar os sistemas de comunicação e transmissão de dados (rádio, televisão, etc.). Essas interferências variam muito segundo o local de instalação e o material utilizado na fabricação das pás.
Apesar de ter efeitos negativos, como alterações na paisagem natural, esse tipo de impacto pode
atrair turistas, resultando no desenvolvimento regional.

Autora: Virginia Cini