A hidrelétrica é uma forma de energia classificada entre as menos poluentes, principalmente se comparada aos combustíveis fósseis, - carvão, gás natural, pétroleo, entre outros - tendo em vista que não gera resíduos que poluem o ambiente.
Esse tipo de energia é concebido a partir da força das águas. As turbinas são geralmente impulsionadas através de um rio, além dos desníveis do relevo ou quedas construídas pelo homem.
Apesar de aparentemente não ser nociva ao ambiente, a geração de energia a partir de usina hidrelétrica requer a construção de enormes reservatórios que represem as águas de um rio de modo que formem quedas, responsáveis por movimentar as turbinas. Diante disso, percebemos que, ao represar um rio, enormes áreas são inundadas, cobrindo florestas, matando animais, comprometendo rios menores e seus peixes, além de fazendas antigas, povoados, cidades e etc.
Além disso, a produção de uma usina hidrelétrica é muito cara, mas a fonte é constantemente renovada, ou seja, como a fonte da energia mecânica – que se converterá em elétrica – é a água de uma represa, não há risco desta estar em falta. Outro fator positivo é a enorme quantidade de energia produzida, relativamente compensatória.
A transformação da energia potencial das águas dos rios em energia elétrica é uma das fontes mais econômicas de se produzir eletricidade, embora, como já dito anteriormente, o investimento e o tempo para a implantação das usinas sejam relativamente grandes.
Nesse tipo de geração de energia é necessário que se tenha rios com grande volume de água e corram sobre relevo do tipo planalto, propiciando assim quedas de água. Em razão desse requisito, nem todo país tem condições naturais para a implantação de usinas hidrelétricas. Os países que possuem grande potencial para geração de energia hidrelétrica são: Rússia, Canadá, Estados Unidos e Brasil. Todos eles possuem territórios de dimensões continentais e abrigam uma grande quantidade de rios.
Em âmbito mundial, a energia hidrelétrica corresponde a apenas a 15% do total. Através disso, pode-se notar claramente que a participação desse tipo de geração de energia ainda é modesta. O início de sua utilização (da utilização dessa fonte) ocorreu por volta de 1860, na Europa. No entanto, o seu uso foi efetivamente difundido após a Segunda Guerra Mundial, pois inúmeras usinas foram construídas.
O Brasil, particularmente, destaca-se mundialmente nessa categoria, possuindo a maior usina hidrelétrica do mundo em capacidade de geração de eletricidade que é a Usina de Itaipu, situada no Rio Paraná, na divisa do Brasil com o Paraguai. A energia proveniente desse meio é responsável pelo fornecimento de 90% de toda a energia elétrica produzida em território brasileiro.
A energia elétrica é transportada das usinas através das linhas de transmissão existentes em todo o território nacional chegando aos consumidores por redes de distribuição, que são o conjunto de postes, cabos e transformadores que levam a eletricidade até as residências, indústrias, hospitais, escolas, etc.
É importante também avaliar que um rio não é percorrido pela mesma quantidade de água durante o ano inteiro. Em uma estação chuvosa, é claro, a quantidade de água aumenta. Para aproveitar ao máximo as possibilidades de fornecimento de energia de um rio, deve-se regularizar a sua vazão, a fim de que a usina possa funcionar continuamente com toda a potência instalada.
A vazão de água é regularizada pela construção de lagos artificiais. Uma represa, construída de material muito resistente – pedra, terra, freqüentemente cimento armado -, fecha o vale pelo qual corre o rio. As águas param e formam o lago artificial. Dele pode-se tirar água quando o rio está baixo ou mesmo seco, obtendo-se assim uma vazão constante.
A construção de represas quase sempre constitui uma grande empreitada da engenharia civil. Os paredões, de tamanho gigante, devem resistir às extraordinárias forças exercidas pelas águas que ela deve conter. Às vezes, têm que suportar ainda a pressão das paredes rochosas da montanha em que se apóiam.
Para diminuir o efeito das dilatações e contrações devidas às mudanças de temperatura, a construção é feita em diversos blocos, separados por juntas de dilatação. Quando a represa está concluída, em sua massa são colocados termômetros capazes de transmitir a medida da temperatura à distância; eles registram as diferenças de temperatura que se possam verificar entre um ponto e outro do paredão e indicam se há perigo de ocorrerem tensões que provoquem fendas.
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